Vitória, 14 de Julho de 2014
Polícia
10/06/2014 às 14h26 - Atualizado em 10/06/2014 às
14h26
Assistente social é agredida por travesti dentro de unidade de saúde em
Vitória
por Ana Elisa Souza Carao
Redação Folha Vitória
A
funcionária registrou o boletim de ocorrência na delegacia e abandonou o
trabalho
Foto: TV Vitória
Os
funcionários da unidade de saúde do bairro Grande Vitória, na Capital,
suspenderam as atividades depois que uma assistente social foi agredida por um
travesti. Eles reclamam da insegurança no ambiente de trabalho.
Segundo
os funcionários, o paciente teria chegado a ameaçar a servidora por não ser
apontado como do sexo feminino no Cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).
A colega da vítima, Mércia Macedo, conta como tudo aconteceu. “Ela queria
que a identificação estivesse de uma forma que a gente não tem como mudar. Ela
não aceitou isso, partiu para a ignorância, rasgou o documento e esfregou no
rosto da funcionária, além de ameaçá-la de morte”, disse.
Ainda de
acordo com Mércia, depois da agressão, a assistente social registrou o caso na
delegacia, e foi embora. É o quinto servidor que, só neste ano, abandona a
unidade por medo. “Teve um médico que foi ameaçado por uma paciente, um
auxiliar administrativo já teve o carro todo riscado, uma auxiliar de
laboratório também foi agredida e outra médica teve a sala invadida e também
abandonou o serviço”, relata.
O
ocorrido com a assistente social não foi o único registrado na unidade de
saúde. A enfermeira Valeska Fernandes conta que já foi agredida duas vezes. “Eu
já precisei entrar em luta corporal com a paciente para poder tirá-la de dentro
do consultório, para poder me proteger e proteger uma criança, a mãe e uma
funcionária. Eu quase fui agredida com uma bengala”, disse.
A saída
dos servidores deixa os moradores sem atendimento na unidade de saúde e
mobiliza a associação de moradores do bairro Grande Vitória. De acordo com o
presidente da Associação de Moradores do bairro Grande Vitória, Ismael de Lima,
os casos de agressão serão discutidos com os moradores. “Nós temos a proposta
de uma moradora para a gente reunir a população, tanto aqui do bairro Grande
Vitória, como a do bairro Estrelinha, Universitário e Inhanguetá, para
conversarmos sobre essa agressão, que isso não deve ser feito, é um prejuízo
muito grande para a sociedade”, afirma.
Em nota,
a Secretaria Municipal de Saúde informou que o atendimento foi interrompido
apenas durante a manhã desta terça-feira (10), mas os servidores realizaram
serviços de acolhimento e orientação aos usuários.
Ainda
segundo a nota, uma reunião entre a Secretaria Municipal de Saúde, servidores e
comunidade está marcada para esta quarta-feira (11), para discutir a
importância de manter a tranquilidade no local.


Nenhum comentário:
Postar um comentário