MÓDULO: 2 – POLÍTICAS PÚBLICAS E GÊNERO
por Andressa Rodrigues
Unidade:
1 – Gênero, Sexo e Sexualidade
Conceituações
de temas propostos na unidade
Gênero:
refere-se à construção sociológica da representação sobre o ser homem e o ser
mulher, ou seja, a sociedade constrói uma representação de gênero (homem e
mulher) para caracterizar atitudes específicas de cada gênero. Dessa forma,
estabelecendo a ideia de masculino e feminino. Assim podemos dizer que o
conceito de gênero vem colaborar para refletirmos as relações sociais viventes
entre homens e mulheres.
Sexo:
refere-se às características físicas e corporais, isto é, às características
que diferenciam o corpo do homem do corpo da mulher, como por exemplo, os
órgãos genitais.
Raça:
termo utilizado para conceituar distintas populações de uma mesma espécie
biológica, de acordo com suas características hereditárias, por exemplo,
(branca, negra, indígena).
Masculinidade:
refere-se à imagem estereotipada de tudo aquilo que seria próprio de indivíduos
machos. A partir deste contexto e por meio da leitura do texto “A condição
masculina da sociedade”, da professora Maria Beatriz Nader,entendemos que a
sociedade ainda é muito machista, ou seja, ainda está fixado no inconsciente de
muitas pessoas a ideia de que o homem é superior a mulher e de que há algumas
tarefas e atividades que somente homens podem realizar, mas como sabemos não
existe superioridade entre gêneros, isto é, homens e mulheres são iguais e
podem realizar as mesmas atividades.
Orientação
sexual: indica qual o gênero (masculino e feminino) pelo qual uma pessoa se
sente preferencialmente atraída física e/ou emocionalmente, como os heterossexuais que a atração física e/ou
emocionalmente e pelo sexo oposto; os homossexuais que a atração física e/ou
emocionalmente e pelo mesmo sexo e as bissexuais que a atração física e/ou
emocionalmente pode ser pelo mesmo sexo e pelo sexo oposto.
Sexualidade:
de forma geral, sexualidade seriam as várias formas, jeitos, maneiras que as
pessoas buscam para alcançar ou expressar prazer, dessa forma envolvendo
contatos corporais entre pessoas tanto de sexos oposto ou do mesmo sexo.
Homossexualidade:
refere-se ao ser humano (masculino ou feminino) que sente atração física e/ou
emocional por pessoas do mesmo sexo. Apesar da mudança e da evolução da raça humana,
as relações homoafetivas ou homossexuais, ainda são discriminadas por parte da
sociedade, principalmente por conta da questão de uma sociedade discriminativa.
Travestis,
transexuais, transgêneros ou intersexuais: de acordo com o material oferecido,
são pessoas que se identificam com um gênero diferente daquele que lhe foi
imposto a partir do momento de seu nascimento, sendo que muitos as vezes acabam
efetuando modificações corporais radicais, como a cirurgia reparadora de
mudança de sexo. Intersexuais são as pessoas que apresentam sexo ambíguo.
Transgênero ou “trans” é o termo usado por algumas pessoas para reunir, numa só
categoria, transformistas, travestis e transexuais. Outra característica desse
grupo é a orientação sexual, a homossexualidade.
Os
Movimentos Feministas
A primeira fase do feminismo ficou conhecida
como Primeira Onda e surge com a Revolução Francesa com a reivindicação e a
extensão dos direitos políticos às mulheres como o direito ao voto. A partir
daquele momento, a defesa do direito ao voto torna-se a maior bandeira de luta
do feminismo. Já a segunda onda do feminismo tinha como principal reivindicação
a socialização do feminino e masculino e suas diferenças sexuais que o poder
não esta só na não do homem.
O
movimento Feminismo vem surgi como uma corrente que defende a eliminação do
capitalismo e a implantação do socialismo como forma de liberação das mulheres.
A emancipação da mulher é vista como uma forma de acabar com a opressão mantida
pela classe dominadora e pelos interesses do capitalismo.
O
movimento LGBT Brasileiro
No
Brasil surge de modo a ser dividido também como duas ondas, sendo a primeira
onda um conjunto de propostas para transformações sociais no sentido de abolir
a categoria de gênero e lutava contra a repressão sexual junto dos movimentos
que já tinham uma força na época que são os movimentos Feministas e o movimento
Negro.
Já
na segunda onda vem representar o aumento da visibilidade publica da
homossexualidade na década de 80 através da expansão do mercado de bens e
serviços a esse publico. Nessa época surge vários grupos reivindicando seus
direitos como: Triangulo Rosa, Atobá e grupo Gay da Bahia.
Unidade:
2 – Gênero e Hierarquia Social
Na
unidade abordou vários conceitos, assim como mostrou a diferença de gênero como
uma questão de organização social-cultural, ou seja, a divisão de gênero é um
fator mais relacionado a conceitos, preconceitos e estereótipos ligados a
sociedade do que a fatores fisiológicos como o sexo. E ainda, que tal divisão
pode ter consequências negativas como preconceito e discriminação.
Na
unidade vai se falar de diferença de gênero na organização social da vida
publica e privada, mostrando a diferença e a discriminação que há na
desigualdade dos gêneros na produção de conhecimento científicos, onde o homem
e visto como imparcial sendo mais racional e abstrato para exercer as
profissões voltada para a ciência. Como mercado de trabalho, sendo a mulher
sendo elas não recomendadas para locais públicos e so privados, trabalhando
como domesticas. Outro espaço que a mulher não tinha direitos era na escola,
pois quem tinha prioridade a esses espaços era os filhos homens.
Na
vida política e outro espaço nas organizações publicas que a mulher não tinha
direito sendo que só conseguiu o direito ao voto depois de muitas lutas.
Na
organização social privada as mulheres também não tinha o direito de fazer suas
escolhas e com as transformações passaram a ter direitos que antes eram
negados, como escolher seu parceiro para casamento, a escolha de ter filhos ou
não, pois antes era imposto que a mulher tinha que procriar e ser mãe, como de
ser a chefe de família que antes era só o homem que tinha esse poder na vida
privada são temas abordados nessa unidade.
Diante
desses conceitos, percebe-se como a definição e divisão de gênero masculino e
feminino, estão diretamente ligados a questões sociais e culturais. Isto é, é
uma forma social de determinar atitudes,atividades e tarefas próprias de cada
gênero. E que tal divisão social também é feita no trabalho.
Atualmente,
nota-se claramente essa divisão sexual do trabalho em vários setores e que,
apesar das conquistas feministas de igualdade de gênero, os homens ainda são
socialmente privilegiados por conta de certos preconceitos e estereótipos
resultantes da história machista da humanidade e da divisão de gênero.
Unidade:
3 – Desigualdades de Gênero no Brasil
A
unidade 3 abordou vários conceitos, assim como mostrou a importância da
igualdade de gênero para o desenvolvimento do país.
A
equidade de gênero é considerada um direito humano. Sendo assim, o
empoderamento, denota o processo pelo qual as mulheres ganham poder interior
para expressar e defender seus direitos, ampliar sua autoconfiança, identidade
própria e autoestima e, sobretudo, exercer controle sobre suas relações pessoais
e sociais das mulheres é imprescindível para promover o desenvolvimento e a
redução da pobreza.
A
inserção feminina na divisão social do trabalho é um dos elementos-chave para o
desenvolvimento humano com equidade de gênero. De acordo com o material da
unidade 3 as mulheres brasileiras predominam nos seguimentos mais escolarizados
da População Economicamente Ativa- PEA. Já os homens seguem em maioria nos
segmentos com melhor remuneração.
O
fato de as mulheres ganharem menos do que os homens, mesmo tendo maiores níveis
educacionais, reflete uma persistente desigualdade de gênero.
Além
das mulheres ganharem menos que os homens, o desemprego entre elas também se
mantém mais elevado do que o de homens desde a década de 1980, mesmo a PEA
feminina tendo crescido mais rapidamente que a masculina.
Um
dos fatores que contribuem para o desequilíbrio entre oferta e demanda é a
segregação ocupacional, que torna o leque de profissões femininas mais difíceis
que o masculino. Assim, ao oferecer mais opções para os homens, o mercado
atingiria um equilíbrio em um nível mais baixo de desemprego masculino,
enquanto a disputa pelas poucas ofertas de emprego feminino torna o desemprego
das mulheres um fenômeno mais frequente.
A
divisão sexual do trabalho, que incumbe preferencialmente as mulheres das
tarefas domésticas e do cuidado com os/as filhos/as e dos/das idosos/as no
domicílio, torna mais difícil compatibilizar o emprego fora do local de
residência com os afazeres domésticos. Enquanto o homem pode optar por um
emprego que o afaste a maior parte do dia (ou da semana) da rotina familiar, a
mulher precisa, em geral, conciliar trabalho e família, e suas opções são mais
limitadas.
Apesar
de ainda existirem tantas desigualdades entre homens e mulheres, não podemos
negar que as conquistas sociais das mulheres nas últimas décadas e a redução de
algumas dessas desigualdades de gênero. Um exemplo disso é ter uma mulher no
“posto mais alto” de um país democrata, a Presidência da República. Está
mostrando que a sociedade está julgado menos as pessoas por fatores de
preconceito de gênero e raça, e começando a julgar mais as pessoas pelas suas
capacidades e competência de desenvolver determinadas tarefas e de assumir determinadas
responsabilidades.
Unidade:
4 – Movimentos de Mulheres
A
unidade 4 aborda as várias razões pelas quais levaram as mulheres a desenvolver
estratégias de luta, mas duas são cruciais. Uma diz respeito ao reconhecimento
da pluralidade envolvida nas relações entre pessoas, grupos de pessoas,
sociedades inteiras, e a outra e, reconhecer que a assimetria de gênero e a
consequente subordinação do sexo feminino são fenômenos globais.
Ainda que se possam encontrar exceções a essa
norma, a hierarquia nas relações de gênero está presente nos mais variados
contextos socioculturais, prevalecendo a preeminência do masculino sobre o
feminino, a presença da heterossexualidade compulsória e a concentração do
poder público e das riquezas coletivas nas mãos dos homens. Assim, a
resistência a todas as formas de subordinação do feminino gera e articula os
movimentos de mulheres que hoje são vários lutando por direitos que em muitos
dos movimentos de mulheres existente são por causas especificas mas com um
principal foco o direito da mulher. São eles:
Movimento
de Mulheres Negras
O
movimento de mulheres negras é construído enquanto alternativa capaz de
contemplar as necessidades específicas de gênero e raça no cotidiano de luta
contra o racismo e o sexismo. As mulheres negras, ao construírem seu lugar no
movimento feminista, buscavam um reconhecimento público como grupo definido
pela diferença de gênero e de raça e não simplesmente como pessoas individuais,
que pensam que seus problemas estão no âmbito da pobreza ou circunscritas aos
problemas raciais.A construção dos movimentos de mulheres negras, trouxe maiores complexidades
e exigiu o reconhecimento das profundas diferenças culturais que marcaram as práticas
das mulheres, forçando a sociedade a aceitar o princípio da heterogeneidade da
condição das mulheres negras.
Movimento de mulheres indígenas
A temática do movimento das mulheres indígenas aponta a originalidade de
um movimento político marcado por sua respectiva novidade e, ao mesmo tempo, a
condição de consequência das diversas formas de intervenção que o movimento
indígena tem tido a necessidade de organizar. O aumento no número de
associações específicas de mulheres, o ainda tímido, espaço dado às mulheres e
às questões a elas relacionadas nas organizações indígenas de modo geral, vem
através de projetos sociais junto às comunidades, com a criação de linhas de
trabalho específicas para as questões de gênero.
Movimento de trabalhadoras Urbanas
Movimento
operário no Brasil e a vinculação das mulheres trabalhadoras urbanas ao
movimento sindical. E como era de se esperar, por conta da história
sociocultural brasileira, a inserção das mulheres nas fábricas não se deu em pé
de igualdade com os homens. Com o crescimento do setor industrial, elas foram
perdendo posições, sendo mantidas somente em algumas áreas e funções, como o
setor têxtil, onde as mulheres se constituíram como principal mão-de-obra.
Movimento
das trabalhadoras Rurais
As
mulheres trabalhadoras urbanas tiveram de lutar muito para conquistarem seu
espaço e gozarem de seus direitos. Com as TRABALHADORAS RURAIS isso não foi
diferente. Na economia agrária as mulheres sempre estiveram presentes e participando
ativamente. No entanto, no período escravocrata, esta participação referia-se,
fundamentalmente, a africanas e afro-brasileiras.
Hoje,
o movimento das trabalhadoras rurais tem como foco principal “os direitos de
cidadania – a representação política das mulheres nas organizações do Estado e
da sociedade civil; o problema da violência intrafamiliar; o tema do
desenvolvimento sustentável; e a luta pela soberania alimentar entendida como
garantia do direito dos povos a comer, cultivar, comercializar e preparar
alimentos com autonomia, de modo a atender às suas necessidades locais.
Movimento
de mulheres lésbicas
Pensar
a lesbianidade como expressão da sexualidade humana supõe visualizá-la a partir
de um tratamento político. Pressupõe compreendê-la construída através da
interação entre o indivíduo e as estruturas sociais, portanto, pensar em sexualidades,
no plural, como diversidade sexual, rompendo com uma referência social da
heterossexualidade como norma. Dessa forma, os movimentos de mulheres lésbicas
vão se multiplicando e, aos poucos, conquistando maior visibilidade em todo o
país. Visando fortalecer a organização das lésbicas, debatendo temas de
interesse como sexualidade, saúde, gênero, combate à violência, diversidade,
entre outros, surge os movimentos das Mulheres Lésbicas que lutam pelos seus
direitos.
Diante
deste contexto, conclui-se que a principal razão de existir vários movimentos
de mulheres lutando por igualdade e que levou as mulheres a desenvolver
estratégias de luta e descontentamento em relação à posição da mulher na
sociedade. Isto é, as mulheres não estavam satisfeitas com as injustiças
relacionadas a gênero, tais como condições de trabalho inferiores e a
concentração do poder público e das riquezas coletivas nas mãos somente
dos homens e uma sociedade que
discrimina o gênero mulher.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Gestão
de Políticas Públicas em Gênero e Raça | GPP – GeR: módulo II/Orgs. Maria Luiza
Heilborn, Leila Araújo, Andreia Barreto. – Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília:
Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2010.
NADER,M.B.A
condição masculina na sociedade, Disponivel em: <http://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/133/a_condicao_masculina_na_sociedade.pdf
>, acessado em: 01/05/2014.



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