componentes do grupo

Componentes com junção dos grupos 2 e 6: Ana Elisa Souza Carao, Andressa Rodrigues, David Felberg, Poliana Trindade Linhares, Maressa Fernandes Valentim Vidal, Rodrigo Rodrigues Hortelan e Thatianne Trajano Da Silva

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Movimentos sociais prometem reforçar lutas por seus objetivos

POR ANDRESSA RODRIGUES
SÃO PAULO - Embora coletivos e organizações sociais - como os sem-terra, os sem-teto, os atingidos por barragens, as Mães de Maio, grupos negros, entre outros - tenham declarado apoio à reeleição de Dilma Rousseff, a depender dos movimentos sociais, a presidente não terá vida fácil nos próximos quatro anos.
- Indicamos o voto crítico na Dilma, o que não quer dizer que aceitamos suas políticas. Continuamos mobilizados e iremos para a luta na rua - afirmou Josué Rocha, um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que agrega 40 mil famílias e fez grandes manifestações no período da Copa.
Rocha prossegue:
- Reconhecemos avanços, mas somos críticos porque o Minha Casa, Minha Vida privilegia mais as empreiteiras do que a população de baixa renda. Mas, diante do Aécio, que seria um retrocesso, não tínhamos opção.
O mesmo raciocínio foi adotado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, que pretende intensificar as ações em 2015. Segundo o movimento, 120 mil famílias devem ser mobilizadas em acampamentos e ocupações já no início do próximo mandato:
- Dilma não assentou quase ninguém. Mas temíamos que Aécio ganhasse e voltassem massacres, como o de Carajás, a criminalização do movimento, por isso fomos com ela - disse Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST.
A reforma agrária foi praticamente paralisada na gestão Dilma. Ela assentou pouco mais de 10% do total assentado por Lula e ficou atrás até do governo Fernando Henrique. Outro ponto sensível nos últimos quatro anos é a demarcação de terras indígenas. A presidente homologou apenas 11 áreas, quase o mesmo que Lula fez por ano e menos do que a média anual de FH.
- Durante a gestão dela, a presidente nos recebeu uma única vez, logo depois das manifestações de junho de 2013 - afirmou Lindomar Terena, coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. - Na prática, as condicionantes estabelecidas pelo Supremo estão sendo usadas para dificultar a demarcação, e ninguém beneficiou mais o agronegócio do que a Dilma. Nossa saída é a luta.
Os movimentos sociais também se queixaram do Congresso formado em 2014, cujo perfil é mais conservador do que o anterior. Tanto MTST quanto MST acreditam que isso dificultará uma reforma política, tida como prioridade para os grupos.
Para as Católicas pelo Direito de Decidir, o desafio será evitar retrocessos, explica a coordenadora Rosângela Talib:
- Vai ser difícil avançar na descriminalização do aborto, mas vamos continuar pressionando pela regulamentação dos casos em que já é legal. Os próximos quatro anos não vão ser fáceis.

REFÊRENCIA:

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